2026 será regido por Marte? Descubra o que realmente influencia o ano
- Renata Hirata Kurebayashi
- 10 de dez.
- 5 min de leitura
Atualizado: há 10 horas
Se você está se perguntando se 2026 será regido por Marte, é hora de entender de onde vem essa ideia — esse post: 2026 será regido por Marte? Descubra o que realmente influencia o ano vai te explicar o por que a Astrologia contemporânea vai muito além desse conceito.
De onde vem o tal “planeta regente do ano”?
A ideia tem origem na civilização caldeia, num sistema antigo criado por eles, onde usavam uma estrela de sete pontas para alternar a regência anual entre os sete astros visíveis a olho nu: Sol, Lua, Marte, Mercúrio, Júpiter, Vênus e Saturno.
Segundo essa ordem, 2026 cairia no Ciclo de Marte, planeta ligado à ação, força, impulso e luta.
Por que essa ideia se espalhou?
No Brasil, o conceito ganhou força com a internet e redes sociais — afinal, é uma narrativa simples e fácil de compartilhar: “um planeta para definir o clima do ano”. Mas essa simplicidade não dá conta da complexidade dos trânsitos e dinâmicas celestes que realmente influenciam um ano astrológico.
A visão moderna: Muito além de um só planeta
A Astrologia atual trabalha com mapas mais complexos e personalizados. Ao invés de um único planeta “mandando” no ano, os astrólogos analisam vários fatores ao mesmo tempo, como:
- O seu mapa natal
- Os trânsitos planetários
- A Revolução Solar
- Os eclipses
- Aspectos entre os planetas
- E os ciclos coletivos mais longos (como Saturno, Plutão, Netuno...)
Então, Marte influencia 2026?
Sim, Marte terá sua importância — como em qualquer ano —, e estará mais em evidência em alguns períodos específicos, especialmente com a conjunção Saturno–Netuno em Áries, signo regido por Marte.
Mas dizer que “o ano todo é de Marte” é uma leitura simbólica e tradicional, e não uma previsão moderna ou detalhada.
Quer saber como o céu de 2026 realmente impacta sua vida? A melhor forma é olhar o seu mapa com atenção e consultar uma previsão personalizada.
Por isso, considerar que um único planeta rege todo um ano acaba sendo uma abordagem bastante limitada. Em um período de 12 meses, muitos movimentos astrológicos acontecem — e cada um deles traz mudanças importantes na energia do momento:
- O Sol passa por todos os 12 signos, mudando o foco mês a mês.
- Os planetas pessoais (Mercúrio, Vênus e Marte) mudam de signo com frequência, alterando temas e dinâmicas em nossas vidas.
- Júpiter e Saturno, planetas sociais, fazem movimentos que indicam viradas de ciclo e novas fases coletivas.
- Já Urano, Netuno e Plutão, os planetas geracionais, operam em ritmos lentos e influenciam gerações inteiras.
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Ou seja, reduzir todo um ano à influência de apenas um planeta deixa de lado toda essa complexidade e riqueza de movimentos.
Além disso, vale refletir: quando falamos em "ano", de qual estamos falando?
O calendário civil ocidental começa em 1º de janeiro, mas na Astrologia, o Ano Novo Astrológico só se inicia com a entrada do Sol em Áries, por volta de 20 de março. Sem essa distinção, a ideia de um “planeta regente do ano” perde ainda mais precisão.
Então, como interpretar o ano com a Astrologia de forma mais precisa?
Em vez de se apoiar na ideia de um planeta “regente” fixo para o ano todo, a Astrologia moderna propõe algo mais profundo: analisar os trânsitos planetários mais significativos — especialmente os dos planetas lentos, que deixam marcas mais duradouras no coletivo e também em nossos processos individuais.
Veja como cada um atua:
- Júpiter muda de signo uma vez por ano e indica onde há mais potencial de crescimento, oportunidades e expansão.
- Saturno, com seu ritmo mais lento (cerca de 2 anos e meio por signo), aponta áreas que exigem responsabilidade, estrutura e amadurecimento.
- Urano permanece cerca de 7 anos em cada signo e fala sobre rupturas, liberdade e revoluções de pensamento.
- Netuno, que fica cerca de 14 anos num signo, nos conecta com espiritualidade, inspiração... e também ilusões.
- Plutão, com seu ciclo ainda mais longo (de 12 a 32 anos por signo), mostra onde enfrentamos transformações profundas, crises e renascimentos.
E Marte?
Marte é bem mais rápido: ele transita por um signo a cada 1,5 a 2 meses, mas pode permanecer até 7 meses num mesmo signo quando entra em movimento retrógrado — o que não acontecerá em 2026.
Ou seja, como afirmar que 2026 é um “Ano de Marte”, se ele vai circular por diversos signos ao longo dos 12 meses? O simbolismo marciano até pode aparecer com força em alguns momentos do ano, mas não define o todo.
A verdadeira compreensão do ano exige observar a dança dos planetas como um todo — especialmente os mais lentos — e entender como essa sinfonia celeste se conecta com cada mapa pessoal.
O que realmente importa: sua análise personalizada.
A verdade é simples — e poucos textos sobre “planeta regente do ano” falam sobre isso: 2026 será vivido de forma única por cada pessoa, de acordo com os trânsitos astrológicos em relação ao seu Mapa Natal.
Veja na prática:
* Ascendente em Áries:
Saturno e Netuno transitando pela Casa 1 (identidade) → transformação profunda de identidade
Urano na Casa 3 (comunicação) → mudanças na forma de se comunicar e nas relações do dia a dia
Júpiter na Casa 5 (criatividade) → expansão criativa, afetiva e mais prazer na vida
* Ascendente em Libra:
Saturno e Netuno transitando pela Casa 7 (casamento/sociedade) → redefinição de parcerias e vínculos afetivos
Urano na Casa 9 (viagens, religiosidade) → mudanças de crenças, viagens e expansão de horizontes
Júpiter na Casa 11 (grupos, amizade, coletivo) → crescimento em amizades e projetos coletivos
Percebe a diferença? Mesmo ano, histórias completamente diferentes.
Então, 2026 é ou não um Ano de Marte?
Resposta curta: Não, pelo menos não como um “regente único” determinando o ano todo.
Mas, sim, haverá uma forte presença da energia de Marte, por causa da conjunção entre Saturno e Netuno no grau zero de Áries — um signo regido por Marte. Isso coloca temas como coragem, ação, pioneirismo e identidade em evidência no coletivo.
No entanto, isso é apenas uma das muitas influências astrológicas de 2026 — e como elas vão se manifestar depende do seu Mapa Pessoal. Esse é o verdadeiro diferencial.
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Por Renata Hirata Kurebayashi
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Fonte: Site Personare